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                                                          DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #1:

1. UTILIZE GRUPOS E SUBGRUPOS - Direcione determinadas faixas, tais como o kit de bateria, pads ou leads, para subgrupos. Desta forma, você pode controlar o nível geral dos elementos do subgrupo através de um único fader. Isso pode ser muito útil! Além disso, você pode utilizar determinados plugins no grupo inteiro, alcançando, assim, um efeito mais natural.
2. Cuidado com o uso excessivo de efeitos, principalmente o reverb, pois ele pode afetar a sua mix e tirar o contraste que é necessário para dar o “punch”. Quanto mais “seco” o som, mais para frente ele soará. Quanto mais reverb, mais para trás.
3. Não use stereo pan em kicks e nem em baixos. Estes elementos carregados de energia devem ser distribuídos igualmente entre os autofalantes, para melhores resultados.

                                                                   DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #2:


1. Ouça a sua mix no mínimo volume possível. Esta tática te ajuda a identificar problemas gerais de volumes da mix e força o seu cérebro a aumentar a sua atenção e sensibilidade. Faça com que sua mix soe bem em volumes baixos, pois, desta forma, com certeza, ela soará bem em volumes altos. O contrário já não pode ser dito.
2. Feche os olhos, abra seus ouvidos ...
Tente acompanhar a sua música com o mínimo distração visual possível, pelo menos uma ou duas vezes durante o processo de mixagem de áudio. Desligue o monitor, feche os olhos e apenas ouça.
Você vai se surpreender com o quanto a objetividade isso pode trazer para sua mix. Nós tendemos a atribuir muita importância consciente para o que vemos, então, quando nós eliminamos um pouco do estímulo visual, nós permitimos que nossa mente consciente se concentre mais no que ouvimos.
3. Sabe o L2, da WAVES? Não use este limiter no master durante a sua mix.
Você não consegue aumentar o ganho quando o limiter está no master bus. Ele ainda torna difícil perceber quando os picos excedem o 0dB.

                                                         DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #3:


1. CUIDADO com a compressão! Muita compressão em várias faixas pode fazer com que seu som fique extremamente achatado, sem vida e uni-dimensional. Portanto, use com moderação!
2. DÊ PREFERÊNCIA PARA COMPRESSÃO EM GRUPOS, em vez de usá-la em faixas separadas. Isso vai fazer com que você encontre resultados mais naturais e coerentes. É claro que existem casos em que você vai precisar utilizar compressão em faixas individuais. Mas, comprimindo grupos de faixas fará com que você encontre um resultado mais orgânico e natural.
3. MAIS DINÂMICA - Você pode usar um compressor para aumentar a dinâmica de um instrumento. Um compressor com attack lento pode ajudar a trazer vida para um elemento que estava apagado.

                                                        DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #4:


1. CUT ou BOOST? Quando falamos de equalização, sempre dê preferência ao ato de CORTAR frequências do que AUMENTAR frequências. Isso minimiza riscos de distorção e permite que você alcance resultados mais discretos e musicais.
2. HIGH PASS FILTER (HPF): Aplique um HPF em todos os instrumentos que não sejam kick ou bass. Isso vai ajudar a limpar o low end da sua música, especialmente em tracks que foram gravadas ao vivo. Isso vai liberar muito espaço na sua mix. Frequências baixas carregam muita energia e muitas vezes, nem são perceptíveis aos ouvidos humanos. Em contrapartida, você pode usar um LOW PASS FILTER para eliminar frequências altas indesejadas.
3. NÃO USE MUITOS TIPOS DIFERENTES DE REVERB em sua música. Tente não usar mais do que 2 ou 3 tipos diferentes de reverb. Desta forma, você alcançara maior qualidade da imagem estéreo e clareza espacial em sua mix.

                                                           DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #5:


1. ORGANIZE SUA MÚSICA: Organize as faixas por cores e as nomeie. Isso vai fazer você poupar muito tempo. Não tenha preguiça de organizar a sua track!
2. ORGANIZE A ORDEM DOS PLUGINS: Primeiro EQ, em seguida Compressor e, então, Reverb/Delay. O equalizador deve vir antes de tudo, pois você não precisa processar frequências que não irá utilizar. Então, você comprime as frequências que restaram e, por fim, adiciona reverb ou delay. Isso faz diferença, acredite!
3. NÃO DEIXE NADA CLIPAR! Nem no sintetizador, nem no seu mixer, nem no master, nem no canal, nem em nada!!!! Se você quer que algo soe mais alto, aumente o volume do seu autofalante. Os clips podem arruinar a sua música, principalmente causando distorção. Se você gosta de distorção, use um plugin para isso, mas não deixe nada clipar.

                                                            DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #6:


1. EFEITO “COLA” NA MIXAGEM – Se você tem 2 elementos que não estão soando bem juntos, pois possuem frequências parecidas, você pode fazer um truque no equalizador. Observe qual é a frequência preponderante e faça vários cortes pequenos nessa frequência do elemento principal. Por exemplo, se você tem 2 leads que aparecem juntos e que a frequência preponderante seja em torno de 500Hz, faça pequenos cortes nessa frequência no lead principal. Isso vai fazer com que os 2 apareçam “colados” na mix.
2. MIXAGEM 3D – Você pode usar o PAN para criar uma imagem estéreo da sua música (ou seja, trabalhar na posição horizontal). Mas, além disso, existem 2 truques que você pode utilizar para aumentar a espacialidade do seu som. O reverb é clássico por proporcionar a ilusão de distância e deve ser utilizado com sabedoria para alcançar este efeito. Você também pode conseguir um efeito de distância removendo um pouco das frequências mais altas do elemento sonoro.


3. CUIDADO COM O PAN – O uso do pan é legal, mas você deve ter alguns cuidados. Com a mixagem estéreo, você pode cair na cilada de ter dois sons separados demais. O que há de mal nisso? A maioria dos sound systems ainda é em MONO. Isso quer dizer que, se você tem sons muito separados na sua mix, eles simplesmente vão desaparecer quando você for apresentar a sua música naquele clube ou festa que sempre sonhou. Para não correr este risco, sempre cheque todos os canais da sua track em mono. Se soarem bem em mono, vão ficar perfeitos em estéreo e você poderá tocar em qualquer tipo de sound system sem medo!

                                                          DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #7:


1. EQUALIZANDO A BATERIA – Você deve ter em mente que os elementos de bateria são compostos por duas importantes partes. A primeira delas é o transiente inicial e a outra é o corpo ou tail.
2. O KICK (Bumbo) – As frequências de 80-100Hz conferem o PUNCH do kick. Para conseguir espaço para tons fundamentais do baixo, você pode remover algumas frequências-chave do kick, literalmente fazendo buracos no kick para o bass preencher. Tente começar fazendo cortes entre o range de 200-400Hz e, possivelmente, cortes bem fininhos (Q) em torno das frequências 160Hz, 800Hz e 1.3kHz. Um High Pass Filter (HPS) acima de 50Hz vai ajudar a “apertar”o kick, além de remover sub-bass inaudíveis que só prejudicam a sua mix. Além disso, seu kick também pode precisar de alguns boosts (aumentos) nas frequências médias e/ou altas. Tente pequenos boosts entre 2.5-6kHz para enfatizar o Transiente (click) e fazer com que o kick soe limpo em auto-falantes pequenos.
3. O SNARE (Caixa) – Os snares são, geralmente, muito presentes. Portanto, alguns cortes sempre são necessários. Comece cortando (high pass) tudo abaixo de 150Hz. Se o snare estiver muito presente, faça um corte na frequência mágica de 5kHz para tira-la um pouco de evidência. Um pequeno boost em 10kHz certamente trará um brilho especial. Se você produz Dubstep ou D&B e deseja um snare com muito punch, dê um boost em 250Hz. Cortes entre 800-1.2kHz podem trazer uma clareza maior para este elemento.

 

 

                                                               DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #8:


1. EQUALIZANDO A BATERIA (TONS) – Na equalização de tom, valorizamos a cor e não a potência. A maioria dos tons pode ser beneficiada com cortes entre 300-800Hz, além de um High Pass acima de 100Hz, para que não interfira com o kick e com o baixo.
2. EQUALIZANDO HI-HATS (pratos) – Pratos não possuem low-ends úteis. Então, comece com um high-pass filter em torno de 200Hz. Os mid-tones tem uma importância fundamental para definir a característica de um hi-hat, particularmente entre 600-800Hz. Para “clarear” os seus hats, tente um filtro “shelving”(prateleira) em torno de 12.5kHz.
3. EQUALIZANDO BASS - Equalizar os elementos de baixo pode ser uma tarefa desafiadora, principalmente para quem produz em pequenos estúdios, nos quais as referências não demonstram o que está acontecendo nas frequências baixas. Um grande erro na mixagem do bass é se preocupar somente com os low-ends. Frequentemente ocorre que o seu bass soa bem em solo, mas quando você ouve todos os elementos da música juntos, ele acaba sumindo. O desafio aqui é valorizar frequências altas do bass. Observe como o seu bass ficará mais vivo e presente na música. Além disso, uma outra vantagem, assim como foi discutido na dica #7, sobre os kicks, é que, quando sua música tocar em um auto-falante pequeno, ela soará bem e com nitidez. Do contrário, quando você não valoriza frequências altas do seu bass, ele simplesmente desaparece em autos-falantes pequenos, como os de um laptop, por exemplo.

 

DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #9:

EQUALIZANDO O KICK (BUMBO)

Não existe uma receita para equalizar o kick, mas algumas dicas práticas podem te ajudar a dar um pontapé inicial.

1 – Corte todas as frequências abaixo de 25-30Hz. Essas frequências só servem para embolar a mix.
2 – Um pequeno aumento (boost) na frequência 60Hz irá aumentar a potência do sub-grave. Mas, CUIDADO! Esse aumento deve ser muito sutil (+1db, no máximo).
3 – Se quiser mais PUNCH, faça um pequeno aumento em 200Hz.
4 – Para mais definição e brilho, faça um pequeno aumento em 2.4kHz.
5 – Um corte em torno de 300Hz também aumentará a definição e brilho, removendo o “boom”.
6 – Corte todas as frequências acima de 14-16kHz.

É importante lembrar que, independente se você quer aumentar ou atenuar frequências, que as alterações não sejam maiores do que 6db, para que o som não pareça falso.

                                                         DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #10:

EQUALIZANDO O BASS

O baixo possui frequências muito parecidas com as do kick. Portanto, é um desafio encaixar estes 2 instrumentos na mix, para que soem limpos.

 

Você deve prestar atenção em algumas frequências do seu baixo, que devem ser cortadas, de acordo com o seu ouvido e bom senso. Lembrando que os cortes não devem ser maiores do que 6db. Ok?

Considere cortar, no seu baixo:

60Hz – Essa frequência, que alguns chamam de “frequência hum” tem esse nome, pois ela tem som de “hum”. É interessante treinar o seu ouvido para identificar e cortar essa frequência. Ela pode estar entre os 60-70Hz.

250Hz – Como lembrado por AndiVax, esse é o pico de frequência da maioria dos kicks da música eletrônica. Então, é legal considerar um corte nessa frequência, para que o kick soe livremente.

1500Hz – Se você cortar, vai ter um bass mais limpo. Se quer um bass mais gordo, corte menos.

16kHz – Corte tudo acima desta frequência. Os harmônicos não serão comprometidos.

                                                           DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #11:

EQUALIZANDO A CAIXA (SNARE)

A caixa é fundamental na composição do groove da música. A caixa tem 4 partes fundamentais.

1 – CORPO: É a frequência fundamental, aquela que bate no seu peito e faz querer dançar. O corpo da caixa, geralmente está entre 200-400Hz.

2 – ATTACK (SMACK) – Essa frequência, em conjunto com o corpo, dá a definição da caixa na mix. O smack da caixa está entre 900Hz-2kHz.

3 – FIOS (WIRES) – Sabe aqueles fios de metal que as caixas de verdade tem? É exatamente o que descreve essa frequência, encontrada entre 3-5kHz. Essa frequência deve ser olhada com cuidado, pois pode deixar a sua caixa irritante demais.

4. SIBILÂNCIA (HEAD) – Essa frequência encontra-se entre 6-10kHz. Aumentando-a, você agregará novas texturas à sua caixa.

Abaixo, segue uma pequena fórmula que você pode ter como base. Mas lembre-se: O seu ouvido é soberano!

>>MAIS CORPO: +4dB em 200Hz
>>MAIS ATTACK: +3dB em 2kHz
>>MAIS BUZZ (fios): +6dB em 5kHz
>>MAIS TEXTURA: +6dB em 7kHz

Nota: Também é interessante cortar tudo abaixo de 80-100Hz, para que não atrapalhe o kick.
  
                                                          DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #12:

EQUALIZANDO O TOM (bateria)

O tom é muito utilizado, em música eletrônica, para fazer viradas (drum fills) e transições. Mas, também podem estar presentes em toda a mix.
O tom é dividido em 4 partes:

1 – SOCO: É o low-end e ressonância do tom. Essa frequência está, geralmente, em torno de 200Hz.
2 – ATTACK: O attack do tom, assim como de qualquer elemento de bateria, é o que lhe confere a natureza rítmica. Essa frequência está entre 3-5kHz.
3 – CLICK: Imagine o som da baqueta tocando o tom. É isso! É uma frequência parecida com o attack, mas é o que chamamos de “click”. Essa frequência está entre 6-8kHz.
4 – AIR – Essa frequência confere mais espacialidade ao tom e está entre 5-12kHz.

Portanto,
>> Se quer mais punch, experimente um boost em 200Hz;
>> Se quer mais attack, experimente um boost em 4,5Hz;
>> Se quer mais click, experimente um boost em 7Hz;
>> Se quer mais air, experimente um boost em 10Hz.


 

Dica extra:

COMPRESSÃO DO TOM:

Algumas dicas para configurar o compressor no tom:

>>Ratio: 4:1
>>Attack: 10ms
>>Release: 400ms (ou menos)
>>Threshold: em torno de 6db

OBS: Isso não é uma fórmula, mas apenas um ponto de partida para você começar.

DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #13:

REVERB – TOP DICAS!!

1 – PRE-DELAY – O Pre-delay é a característica mais poderosa de qualquer reverb. Ele permite que uma determinada quantidade de sinal DRY passe antes de ser processado pelo reverb propriamente dito. Isso permite que o attack se mantenha preservado. Principalmente quando se trata de vocais, é interessante preservar o attack, configurando o pre-delay entre 20ms e 80ms.

2 – REVERB 3D - Você pode criar uma ambiência incrível utilizando 2 out 3 reverbs em um único elemento. Para começar, tente colocar um reverb “small room”, para dar um pouco de espacialidade no elemento sonoro. Em seguida, escolha um reverb “plate” e vá adicionando aos poucos, lentamente, como se estivesse colocando um tempero no seu molho de macarrão. Por último, você pode adicional um reverb tipo “hall” com tail longo e, novamente, ir adicionando aos poucos. MUITO CUIDADO com o excesso de reverb. Mas, como saber se está em excesso? Veja na próxima dica

3 – A quantidade de reverb é uma questão de gosto, é claro! Mas, pense uma coisa. O reverb tem a função mágica de unir os elementos da mix e criar uma ambiência. Acredite, pouco reverb já causa efeitos grandes na mix. Quando for utiliza-lo, sole o instrumento e comece a adicionar o reverb até que você possa ouvi-lo. Então, você reduz um pouquinho, até que possa sentir que quer aumentar de novo. Provavelmente, este será o ponto certo. (Dica quente essa, não?)

4 - Use HIGH PASS FILTER no REVERB: Isso mesmo! Da mesma forma que você aplica o HPF (ou filtro passa-alta) nos seus instrumentos, faça com o reverb. Ou seja, cortando as frequências baixas do seu reverb, você conseguirá um som com mais definição. Alguns plugins já possuem essa função, mas você pode utilizar ou outro plugin para isso, em um canal auxiliar, por exemplo.

DICAS RÁPIDAS DE MIXAGEM #14:

PADS, LEADS, STRINGS

Sintetizadores podem ter espectros sonoros variados, que podem colidir com todos os instrumentos (kick, percussão, baixo...).
Como lembrado por AndiVax em seu tutorial, o erro mais comum é deixar várias linhas de synth (pads, leads, strings) tocando na mesma oitava, com timbres semelhantes.
Você deve construir os seus timbres de modo que a FREQUÊNCIA DOMINANTE (pico) seja diferente entre eles. Portanto, chegamos à conclusão que a melhor equalização é não equalizar.
No entanto, há algumas frequências que podem ser cortadas e, a partir daí, você pode partir para a sua própria equalização artística.

>>>LEADS: 400Hz
>>>PADS: 800 Hz
>>>STRINGS: 1000Hz.

Lembre-se que é importante colocar cada instrumento em seu devido lugar na mix, através de equalização, reverb, volume e panning.

 

8 Passos SIMPLES para Criar Basslines PODEROSAS em 10 minutos <<

Se tem um assunto que aflige quase 100% dos produtores de música eletrônica, independente do estilo, é a construção da linha de baixo.
São tantas variáveis que, no final, é comum o sentimento de insegurança e decepção com o elemento criado. E não é para menos, o produtor tem que se preocupar com a escolha do VST, a melodia, a construção, equalização, compressão, reverb, a relação com o kick... enfim!
Toda essa preocupação e auto-cobrança é muito justificável! O bass é, junto com o kick, o elemento mais importante de qualquer EDM (electronic dance music).

Por isso, reuní 8 passos simples para você criar basslines poderosas!

1 – Escolha um bom kick.

“Mas não estamos falando de bassline??”

Sim, mas a sua bassline deve ser correspondente ao kick. Se você tem um kick ultra-hard, vai precisar de um bass que o acompanhe. Se tem um kick mais deep, você vai querer um bass mais deep. O tamanho da nota também é importante.
Então, o primeiro passo para escolher um bom bass é escolher um bom kick. Muita gente escolhe um kick ruim e depois tem dificuldades para encaixar o bass. Portanto, dedique algum esforço para escolher um ótimo kick antes de mais nada.

2 – Escolha o seu VST e procure um preset inicial

Não tem nada de errado em usar um preset como ponto de partida. Se você é usuário de Logic, existem 2 VSTs nativos que são excelentes: ES1 e ES2. Mas, cada um tem seu VST preferido.
É muito importante que você consiga tirar melhor timbre possível, pois tentar consertar um timbre ruim nunca é o melhor caminho. Lembre-se, o seu bass tem que soar bem logo de cara, sem efeitos, sem equalização. Se você consegue um timbre que soe bem e case com o seu kick, você já tem bem mais de meio caminho andado.
Portanto, escolha o preset que mais se encaixa com o kick e parta para o próximo passo.
OBS.: Não se esqueça que o canal do bass, assim como o do kick, deve ser MONO.

3 – Configure o VST para o timbre que você quer.

Existem muitos parâmetros que você pode configurar, a depender do VST, mas, de maneira geral, podemos pensar em 3 que são muito importantes:

a. Escolha a(s) onda(s) que você quer no(s) oscilador(es).

Como escolher a onda?

Apesar de existirem variações, a maioria dos VSTs se restringe a 4 tipos principais de ondas: Sine, Square, Saw e Triangle. Cabe a você escolher e misturar as ondas que melhor se adequam ao seu objetivo.

> Sine: A onda sine (senoidal) é pobre em harmônicos, porém carregada de energia. Portanto, é uma peça fundamental em qualquer bass. Ela sozinha é quase imperceptível, sobretudo quando ouvida em pequenos autofalantes. Mas, quando combinada com outras ondas, tem um efeito poderoso.

> Square: A onda square (quadrada) é muito versátil e produz resultados dinâmicos quando filtrada ou modulada. Ela promove uma característica metálica e robótica ao bass.

> Sawtooh: A onda saw (dente de serra) possui muitos harmônicos. É muito utilizada em Electro-House, Psytrance, Dubstep e DnB. Experimente combinar uma sawtooth e uma sine.

> Triangle: Também possui harmônicos ímpares e não é tão comumente utilizada para basslines.

Obviamente, você tem que testar. Teste os volumes de cada oscilador, as ondas etc.

b. Configure o filtro (CutOff)

Experimente! Cutoff fechado=bass mais “limpo”, Cutoff aberto=Bass mais “rasgado”. Não cabe aqui explicar o funcionamento do Cutoff, apenas dar dicas mais práticas sobre a sua utilização.

c. Configure o envelope (ADSR) do amplificador

Dicas:

Comece com um attack o mais curto possível. Mas tome cuidado, porque se estiver muito curto, o som pode clipar. O attack mais curto vai proporcionar um bass mais percussivo.
O Decay e o Sustain são os parâmetros que vão dar corpo ao seu som. Eu (Sakyamuni), particularmente, gosto de decay e sustain curtos.
O release vai determinar o tamanho da cauda. Eu prefiro usar curto.

>>> Configurando corretamente o envelope, você vai conseguir o bass do jeito que você quer. Capriche aqui! Experimente muito, faça testes. Se quer um som bass mais deep ou mais seco, mais punch. Configurando o envelope, você vai obter ótimos resultados.

Dica ninja de síntese: A maioria dos sinstetizadores e VSTs da atualidade trabalham com síntese subtrativa. Isso quer dizer dizer que um som é gerado por um ou mais osciladores e, posteriormente, é processado de diversas formas.

A partir do momento em que o som é gerado, ocorre uma cadeia de processos que podemos controlar para definir o timbre e a dinâmica que queremos.

Em resumo, um oscilador gera uma onda. Nesta onda, o mesmo oscilador pode controlar 2 parâmetros: formato (sine, saw, square ou triangle) e frequência (pitch). O som gerado pelo oscilador passa por um filtro (Cutoff), depois para um amplificador e, por fim, vai para o autofalante.

Pense nisso!

4 – Sequencie o bass

Hora de desenhar o seu bass. Não se prenda a padrões. Crie seus próprios grooves. Não importa se vai bater junto com o kick. Desenhe do jeito que achar melhor. Pode ser colocando as notas manualmente ou utilizando um controlador MIDI.

Depois de desenhar, utilize a ferramenta Quantize, para alinhar à grade. Ouça, corrija, ouse criar novos grooves.

Não se atenha às sequências padronizadas de bass (ex.: offbeat, rolling...etc).

5 – Equalize

Equalizar os elementos de baixo pode ser uma tarefa desafiadora, principalmente para quem produz em pequenos estúdios, nos quais as referências não demonstram o que está acontecendo nas frequências baixas. Um grande erro na mixagem do bass é se preocupar somente com os low-ends. Frequentemente ocorre que o seu bass soa bem em solo, mas quando você ouve todos os elementos da música juntos, ele acaba sumindo. O desafio aqui é valorizar frequências altas do bass. Observe como o seu bass ficará mais vivo e presente na música. Além disso, uma outra vantagem, sobre os kicks, é que, quando sua música tocar em um auto-falante pequeno, ela soará bem e com nitidez. Do contrário, quando você não valoriza frequências altas do seu bass, ele simplesmente desaparece em autos-falantes pequenos, como os de um laptop, por exemplo.

O baixo possui frequências muito parecidas com as do kick. Portanto, é um desafio encaixar estes 2 instrumentos na mix, para que soem limpos.

Você deve prestar atenção em algumas frequências do seu baixo, que devem ser cortadas, de acordo com o seu ouvido e bom senso. Lembrando que os cortes não devem ser maiores do que 6db. Ok?

Considere cortar, no seu baixo:

60Hz – Essa frequência, que alguns chamam de “frequência hum” tem esse nome, pois ela tem som de “hum”. É interessante treinar o seu ouvido para identificar e cortar essa frequência. Ela pode estar entre os 60-70Hz.

250Hz – Como lembrado por AndiVax, esse é o pico de frequência da maioria dos kicks da música eletrônica. Então, é legal considerar um corte nessa frequência, para que o kick soe livremente.

1500Hz – Se você cortar, vai ter um bass mais limpo. Se quer um bass mais gordo, corte menos.

16Hz – Corte tudo acima desta frequência. Os harmônicos não serão comprometidos.

6 – Comprima

Considerando que o bass não impacta tanto na headroom de uma música e também não é dotado muita dinâmica, a aplicação do compressor neste elemento tem 2 objetivos: definição e punch.
O attack mais aberto vai te proporcionar um bass mais percussivo, com mais punch.
Evite attack muito curto, para não perder os transientes do bass. Evite tembém release muito curto.

7 – Side-Chain

Outra coisa importante que você pode fazer é usar a compressão side-chain. O compressor torna-se consciente de cada hit do kick e comprime o baixo sempre que o bumbo está tocando. Isso pode “apertar” a sua mix consideravelmente (deixar o som achatado), especialmente se você tem um baixo mais “largo” que está sempre no caminho do kick. Então, é legal usar a compressão side-chain com moderação e tentar obter o máximo de resultado antes de utiliza-la, ou seja, apenas com equalização.

Existem centenas de tutoriais sobre as diversas formas de executar a compressão side-chain. Se você não sabe como fazer, procure um tutorial no Youtube e você encontrará rapidamente.

É recomendável definir um attack muito rápido no compressor, para acentuar o efeito. Não exagere no ratio e no treshold para não “amassar” a sua mix.

Desta forma, toda vez que o kick bate, o baixo é comprimido, criando, desta forma, espaço na mix para o kick soar limpo.

8 – Coloque efeitos

A partir do momento em que o seu bass já está soando bem junto com o kick, você pode colocar a cereja no bolo.
As possibilidades são infinitas, mas a dica é que você considere 3 efeitos:
- Chorus
- Delay
- Reverb

Como sempre, utilize com moderação. Adicione os efeitos lentamente, aos poucos, com sutileza. Assim, eles vão deixar o seu bass ainda mais poderoso.

Dica: utilize efeitos em canais auxiliares e não no próprio canal.

Este não é um guia definitivo e nem uma fórmula para criar basslines. A ideia é ter um passo a passo sobre uma possível sequência de eventos que você pode fazer para criar basslines poderosos. É a sequência que eu sigo e pode ser um ponto de partida se você está meio inseguro para criar as suas basslines.


 

 




 

 

 

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